segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Lidando com a morte!

A perca recente do meu pai ainda não me permite vir aqui escrever com uma estrutura de pensamento e, acima de tudo, de concentração, que me permitam fazer um texto bonito! Mas tenho intenções! 

Entretanto queria partilhar convosco as partilhas que a minha mestre me vai fazendo!
Tem lidado com a morte de perto este ano e, com 4 anos, percebeu que a vida é finita! A angústia maior foi perceber que "os pais também morrem?!"

Hoje, antes de adormecer disse-me: "Sabes mãe, os pais não morrem! (Sorriu) Eles vivem sempre no nosso coração!"


domingo, 16 de agosto de 2015

Quem precisa de time-out somos nós!

Ontem, enquanto praguejava babuseiras, cá em casa, aproposito do Sr. Jonas Pistolas fazer as necessidades na sua zona de conforto (que só por mero acaso TAMBÉM É A NOSSA) a Popotinha veio chamar-me a atenção que fui incorrecta e dura e que da próxima vez tinha de ir ter um "chá de cadeira"!
Parei! ... Sorri! E assumi:
"-Tens razão! Enquanto tivesse na cadeira fico a fazer o quê?"
"-Olha, ficas a pensale, quelalo!!"
"-O que devo pensar, Popotinha?"
"-Olha, metes o dedo aqui (coloca o indicador no queixo) e ficas lá!"

Repara, a Popotinha não sabe o que fazer!
Quando dizemos às crianças que "Vão para a cadeira" temos de ter noção que elas não sabem pensar... sozinhas! Elas são seres humanos que vivem no auge das suas emoções, mas ainda não lhe sabem dar nomes. Então a criança percebe que tu estás zangado e que não gostaste do que ela acabou de fazer. Mas sente que não gostas dela, não do comportamento que ela fez. 
Repara no que dizes: "Já te disse que não se morde nos teus amigos!", "Não se empurra!", "Quantas vezes tenho de te chamar?!" - dizes tudo o que não é para fazer. Está na altura de dizeres o que é para fazer!
Repara, antes dos 7 anos, não existe pensamento abstracto! Tudo é concreto, imediato, causa efeito e sentido na pele. 

Acompanha, então, a criança, no seu pensamento, no seu sentimento, nas suas fragilidades e conexões maravilhosas acontecem no córtex frontal (responsável pelo discernimento do bem e do mal, das escolhas, de tempo...) e contigo!

Às vezes, o peso da nossa historia e tradição fala mais forte. Eu sei! Sou como tu! Por isso, quando estou claramente a perder os meus limites...:
"Vai já para o teu quarto... que eu já lá vou ter!"
Retiras a criança do sitio da birra, tens tu o teu time-out, respiras, e transformas um momento de descontrolo numa verdadeira conexão - time-in!